SOU O QUE SOU. SOU QUEM SOU. NADA SEI E NEM TUDO SABEREI. EU SEI QUE NEM SEI QUEM SOU!

ÉTICA III

SEMANA 03

A QUESTÃO DO SUJEITO DE UMA ÉTICA ENTRE KANT E FOUCAULT.

Para adentrar nas reflexões sobre a experiência ética, com a ética do individuo em relação com os outros, abordaremos de inicio a ética do cuidado de si próprio, inicialmente vamos nos concentrar na noção do cuidado de si em Foucault, após esta compreensão será abordado o projeto Kantiano da ética dos fins, com seus deveres na sua realização concreta e por fim com as duas abordagens vamos indicar alguns elementos do qual o individuo esta inserido.

A NOÇÃO FOUCAULTIANA DO CUIDADO DE SI
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O PROJETO KANTIANO DA ÉTICA COMO RESPOSTA Á PERGUNTA: COMO SÃO POSSIVEIS OS JUIZOS SINTETICOS?

A EFETIVAÇÃO DO PROJETO KANTIANO NA DOUTRINA DA VIRTUDE COMO UM MODO DE CUIDAR DE SI
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Foucault utilizou dois meios para criar uma analise do cuidado de si, de um lado a relação com os outros, ou seja, nas praticas sociais, na relação mutua de um individuo com o outro,nos regulamentos institucionais onde o sujeito esta como o produto das relações discursivas, onde o saber é um poder sobre o corpo dos outros. E em segundo momento ele passou a analisar o saber relacionado com o poder que é exercido sobre si mesmo e seu saber gera um poder sobre si próprio do qual Foucault chamou de preocupação de si.
De acordo com Foucault tudo aquilo que se apresenta como único de si, no individualismo, precisa de uma preparação para aceder a verdade, não se pode simplesmente definir uma verdade por parte de um único individuo é necessário uma preparação para que esta relação sujeito e verdade seja definida por um conjunto de exercícios e praticas pelas quais o individuo pode obter a verdade, assimilando e transformando em um principio de ação do saber, sobre si próprio.
Para que essa verdade nasça é necessária a convicção de que ter o saber somente não  o levará a verdade, existe todo um ciclo de construção, conformação, transformação e preparação do individuo.
Desta forma, é lançada a tarefa de se preparar a si mesmo, para alcançar a verdade ou o conhecimento em meio a uma serie de aconselhamentos, técnicas de meditação e recolhimento, cuidado com o corpo e alimentação e ate renuncio do corpo em prol da alma.
Foucault quer apresentar seu ideal de cuidado de si de entender e conhecer a ti mesmo, para ele o primeiro passo e conhecer e se entender a si próprio, pois este e o ponto de partida para o saber.
Sócrates foi um dos filósofos que idealizou este conceito de conhecer-te a ti mesmo, pois ele foi  considerado como o homem filosofo mais inteligente de todos, porem Sócrates não concordando com este titulo foi a campo pesquisar por meios de seus diálogos, com o intuito de encontrar alguém que possuísse algum tipo de conhecimento que ele ainda não tinha alcançado, e como encontrou muitas pessoas que possuíam um certo tipo de saber do qual ele não possuía, porem ele pode a observar que estes mesmos por possuírem algum conhecimento do qual só eles sabiam, eles acreditavam que sabiam de tudo, e não tinham a consciência de conhecer a ti mesmo, que eles não sabiam de tudo, desta forma ele pode constatar que ele nada sabia, mais os outros nem isto sabia que eles nada sabiam.
Sócrates foi um dos filósofos que idealizou esta pratica de conhecer a ti mesmo, alem do que se entendia que um filosofo tinha o trabalho de instigar o outros a se ocuparem de si.
O objetivo principal de Foucault é mostrar que a  historia do pensamento desde a antiguidade ate a modernidade o conhecer te a ti mesmo acabou ficando obscurecido por um lado cognitivo, onde nossa cultura moderna entende este enunciado como um apelo para conhecer cientificamente o sujeito e assim transformá-lo em um elemento da natureza ou da sociedade
A preocupação com a verdade seria o ponto mais alto que o ser humano quer chegar, ou melhor, tê-la sempre dentro de si, a verdade, o amor verdadeiro, e a virtude homem a ser ético dentro da sociedade. Podemos assim ver que a ética é um cuidar de si, seria nada mais do que nossas atitudes.
O amor significa amar algo, ou seja,  amamos alguma coisa, podemos ver então que o amor se encontra no estado médio da vivencia de cada um. Podemos ver que os deuses não filosofam por que se acham sábios demais, e os ignorantes porque se dizem não saber nada. E com isso conseguimos entender que a filosofia para Platão seria um ato de amor, então não seria algo para sábios ou ignorantes e sim para pessoas com amor dentro de si.
Foucault mostra que o filosofo não buscava apenas mostrar obras e sim transformar almas, mudar o jeito de vivencia no mundo, fazer com que as pessoas busquem mais. Ele nos mostra também que na modernidade o preparo para as pessoas seria torná-las pronto, ou seja, com toda a esperteza e clareza dos fatos.
O acesso a verdade estar livre para qualquer pessoa, apenas devemos saber chegar até ela, a verdade seria de fato parar de ouvir muitas opiniões, e passar a ver o mundo com mais clareza e buscar mais sobre o seu objetivo, ter em mente um foco.



SEMANA 06


JUSTIÇA E DIREITO: DERRIDA, KANT.


                                           JUSTIÇA E DIREITO

Liberdade é o principal foco para se alcançar a verdadeira justiça. Na verdade a liberdade só poderá ser alcançada se esta estiver em comum acordo com a justiça. Todo e qualquer direito, toda e qualquer ação dever se basear na liberdade, esta apoiada pela razão e em comum acordo com a justiça. Para haver justiça é preciso que todos que estão envolvidos em algum tipo de situação estejam de comum acordo, e se alguém manipular ou ir contra estes direito deverá sofrer as consequências adequadas a situação em questão.
Somente haverá verdadeira justiça se houver harmonia, justiça tem haver com esta harmonia, justiça tem a ver com temperança, tudo que ultrapassar ou destruir esta harmonia estará destruindo a justiça e a transformando apenas em mera e pura vingança, mero e puro egoísmo, se afastando totalmente da liberdade verdadeira e da igualdade.
O caminho deverá ser de justo e igualitário, todos devem ser guiar pelo âmbito da razão, para poder se alcançar à verdadeira e plena justiça. A verdadeira liberdade não é se deixar guiar por suas paixões, por seus desejos, na verdade pense do seguinte modo, quando você se deixa dominar por seus desejos, por suas paixões, você não é livre, e sim se torna escravo deles, é totalmente dominado por eles, deixando-se dominar em todos os sentidos, o ser acredita que esta livre seguindo seus desejos, quando na verdade é este que o domina.
E neste caminho para se alcançar a justiça, para se alcançar o direito de cada um, e para que este não seja destruído e preciso muitas vezes fazemos um uso adequado da força necessária para se alcançar a justiça. Infelizmente existem aqueles que não se importam com nada e com ninguém e passaram por cima de qualquer um, destruindo tudo a sua volta para alcançar o que quer, mesmo que isso destrua o direito de outrem.





O direito natural do homem se encontra na essência da natureza, mas existe o direito que nos guia e tenta tornar a sociedade justa, com suas leis e códigos para que se aja igualdade. Na verdade, podemos enxergar da seguinte forma, quando mais próxima o direito das leis se aproximar do direito natural mais justo ele será. Torna algo justo não é uma tarefa fácil, é preciso estar apoiado numa gama incrível de decisões que poderá resultar em algo bom ou ruim. Em função disto é fundamental dizer mais uma vez, a importância de se usar o âmbito da razão.





Justiça é igualdade, e se guia pela moral e pela ética. Justiça é querer que cada um, que cada ser, que cada ser humano tenha o seu direito garantido, sem que esse seja maculado por nada ou por ninguém. Para que isso acontece de modo igualitário é preciso que independente de razões pessoais seja necessário que seja cumprida a lei, sem esta haverá e reinará a desarmonia, a lei precisa ser cumprida para não haver a falta do cumprimento do direto de nenhum ser, de nenhum ser humano. É preciso que todo ser humano queira plenamente cumprir o caminho moral, para cumprir a moral é preciso acima de tudo respeitar a lei, respeitar a justiça. Ser livre, é cumprir plenamente seu dever, sem jamais ultrapassar o direito de outro, isso é agir com justiça, isto é agir com moralidade, isto é agir com ética, isto é praticar a verdadeira justiça.

A justiça de Derrida na busca de Lévinas –Ética 3 s 6


Em outubro de 1989 Jacques Derrida lê uma conferência intitulada: O direito e a justiça. Faz observações a respeito de linguagem e se dedica a relacionar a lei e a força, através de citações de alguns filósofos, Kant, Benjamin e Heidegger, chega a conclusão de que a força é condutora da lei, que essa mesma só se aplica com força, a força e o direito são o fundamento da justiça.ainda que haja a controvérsia, a equivalência da justiça como direito,,o direito é regra , o justo não é parte da regra,a justiça não é o direito,é para ele correto considerar a inexistência da equivalência entre ambos.
Declara seu objetivo:” insistir imediatamente em reservar a possibilidade de uma justiça,quer dizer, de uma lei não apenas que exceda ou contradiga o direito, senão que talvez não tenha nenhuma relação com o direito ou que mantém uma relação tão estranha que o mesmo pode exigir o direito de excluí-lo”( Derrida,1997,16).
Segundo Timm de Souza (2002,165), A justiça se dá na temporalidade da ação que é fonte geradora de informações que permitirá sua efetivação  através de um condutor que assim acredita, portanto ela não é uma sentença,não é um julgamento, apresenta também o entendimento de Derrida sobre como seria pensar na justiça sem o direito , quando esse mesmo propõe pensar a justiça  como uma ferida aberta onde o direito seria como um bálsamo curativo,è paralela ao mal, ao pior, seria então o direito um evento,uma manifestação da justiça, ele a considera desconstrutível,mas permissiva de regra,que a seu entender não oferece segurança ao definir o que é justo ou injusto. Derrida em 2001,dizia que respondia por herança em finais da década de 60, e herdou também de Lévinas ,principalmente a respeito do conceito de hospitalidade e na desconstrução do conceito de justiça,fato esse que ocorre para que haja uma reconstrução,reorganização,e deriva de Heidegger pensar a justiça com harmonia,a justiça ,o justo para aquém ou além do jurisdicismo e do direito romano,o justo ou a justiça,como acordo,ajuntamento ou reajuntamento de uma injustiça, considera não haver justiça sem dissociação,interrupção,sem divórcio, ao observar Heidegger sai em busca da reconstrução de Lévinas para  em seus últimos escritos reivindicar a justiça Levinasiana.
Levinas fala em De outro modo de ser.
A princípio relata que a comunidade vem se esbarrado com os vários casos que estão assustando as pessoas , como exemplo , a corrupção política, os homicídios, as injustiças , seqüestros e muitos outros motivos que comprovam o fruto do controle do homem sobre si mesmo , então se tornou uma questão para ser notada nos dias atuais, pois se trata de uma indicação com discriminação ética, em relação a esses problemas que Levinas um filósofo do nosso tempo, mostra a ética como uma procura do sentido humano, a partir da diversidade o rosto do outro.
Para o filósofo a verdadeira essência do individuo se encontra no seu próprio rosto, onde ele fala de face a face que estamos nos relacionando, e é onde se da a linguagem ética , entretanto procuramos entender o sentido da modificação da relação de idéias subjetivas (individuais) e vemos que o rosto nos clama a obrigações para com outras pessoas.
O rosto quando fala “não matarás’’ significa um processo de construção da ética  no rosto do outro, encontra-se uma ordem no rosto do outro, um pedido de compaixão, pois tudo se encontra gravado no rosto do outro, então expressão originário. Levinas relata também que a relação entre as pessoas não é correspondente e nem concordância, somos todos considerados responsáveis pelo outro, pois é uma responsabilidade total, e não é que não nasce a partir de um discernimento por conceito de ética, então, não paramos para pensar primeiro com a ética, só pensamos em nossa responsabilidade com o outro, dado que a ética está sempre em nossos rostos.
Logo se torna uma responsabilidade que as pessoas podem entender como um reconhecimento do infinito, e esta tarefa por outra pessoa significa mostrar uma inscrição do infinito, é como se fosse uma conduta do eis me aqui para com o oposto (outro), além de nós uma frase extraída do infinito, do perfeito (Deus), não é somente um enunciado, uma frase que se lança da boca, já que roga a lei do rosto com outro.
Kant explica que existem duas frentes de conceito de liberdade, ele utiliza isso para que possamos compreender e entender, e são ela: a liberdade interna (se relaciona com a lei moral, que constitui a ética) e a liberdade externa (se relaciona a lei jurídica, constitui a lei propriamente dita). E os conceitos se encontram em união diretamente com o sujeito e a ação, a autonomia é um dogma necessário para que as ações passam a ser tachados ao sujeito. Assim tem na sua determinação da ação aquilo que define e distingue a lei moral do direito. Então uma ação em conformidade com a lei é legal (jurídica, porque observada desde o ponto de vista externo), já a ação feita pela lei (motivo) é moral, ou seja, aquilo que fazemos conforme o que é determinado pela lei, é jurídica (o determinado), então o que fazemos por conta da lei torna-se moral.
O conceito de direito se encontra ligado à minha liberdade e a de outrem, sendo a soma daquilo que me é permitido com a de outra pessoa, dentro de um pensamento universal de liberdade.
“Uma ação é de direito se é capaz de coexistir com a liberdade de todos os outros de acordo com uma lei universal, ou se em sua máxima a liberdade de eleição de cada um pudesse coexistir com a liberdade de todos de acordo com a lei universal. ” (Kant)
Mediante a isso, a injustiça passa a ser algo que se contradiz a minha liberdade, tendo então a necessidade de se usar a força, ou seja, um modo concreto da lei jurídica, como uma defesa de que seja legalizada a liberdade universal.
Para Kant, acontece então o reconhecimento da figura do outro no elo com a lei, um exemplo: quando tratamos bem aos convidados, é uma virtude que devemos cultivar, mas não por conta de gostar ou ter afinidade com o convidado, ou seja, por um tipo de relacionamento com o convidado, mas por que a lei moral me leva a agir assim.
Podemos  então chegar a seguinte conclusão, de que vemos de um lado, em Derrida o desejo de ir além da justificativa, e da imagem disponibilizada pela literatura, e devido a este interesse acaba atravessando a fronteira e apela para o afetismo apontada na imagem da justiça como superior ao direito. E por outro lado a definição do conceito Kantiano, no qual o espaço da lei é que permite o encontro com o outro como sujeito moral e jurídico , ou seja, a justiça não é anterior ao direito e nem simplesmente se deriva simplesmente da análise do direito positivo.


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