Módulo 04


A Controvérsia entre sofistas e filósofos

Toda cultura tem seu mito fundante, a sua história, sendo este o centro na dinâmica cultural, mesmo habitando uma metrópole , com toda industrialização e tecnologia científica , fatos dessa cultura direcionam a uma comum unidade ,a coletividade . A cultura não pode parar, estacionar, ela precisa ser alimentada, cultivada, reinventada a partir de suas raízes , formando um elo entre o que é científico e o que é comum dentro do sistema educacional e da democratização orientando o indivíduo a exercer sua cidadania . O cidadão define-se pelas leis jurídicas e pelas leis físicas , a justiça se contextualiza ou não seria justa e negaria a ação humana ,uma justiça descontextualizada é negar a concretude da ação humana , com seus agravantes e atenuantes ,para condenar alguém meramente por princípios formais . Na perspectiva de Protágoras feito por Guthrie(1995,156-157): O mais célebre advogado da relatividadde de valores foi Protágoras, e seu desafio filosófico a normas tradicionalmente aceitas baseava-se por sua vez em teorias relativas e subjetivas de ontologia e epistemologia . Os sofistas enfatizaram a relação entre verdade e construção político-jurídica em contexto democrático. Decidir sobre melhor futuro para a sociedade, contra toda espécie de violência, e valorizando os laços de solidariedade é uma verdade decidida coletiva e contextualmente na compreensão sofística de “verdade”. Os valores da justiça e da injustiça funcionam conforme os costumes sociais, em oposição à universalidade das leis naturais – o fogo , conforme Aristóteles,arde igualmente seja onde for. A liberdade de expressão é o centro da democracia, essa liberdade foi o que caracterizou a vida coletiva ateniense no século de Péricles(495-429a.C.), o grande estadista do século de Ouro(século V a.C.) , conforme Péricles todos podem expor sua opinião independente de ser especialista ou não,produzindo uma cultura coletiva, para construir novas relações políticas compartilhadas. Para Platão a democracia é uma anarquia provocaria a tirania , mas a tradição democrática discorda desse pensar de Platão. O que em tese existe é uma incompetência comum para tratar assuntos comuns, quem usar melhor a retórica vai obter os melhores resultados. Os sofistas – são intelectuais formadores de opinião,com a sua liberdade de falar e pensar convencem o público de que o seu discurso é o melhor. O filósofo – acadêmico – cientista- tem conhecimento da essência do real. Todos tem o direito de se expressar,sendo intelectuais formadores de opinião,com a sua liberdade de falar e pensar sofista,filósofo,acadêmico ,intelectual ou cidadão comum ,o compartilhamento de seus saberes que é o essencial, a comunicação desses saberes.

Os sofistas e filósofos
A controvérsia entre Sócrates e os sofistas foi, marcante para o saber filosófico. Tal controvérsia ajudou o horizonte do saber que se destina a buscar as razões ultimas da existência, da realidade. A diferença, que os contrapõe, incute dois modos de conceber a finalidade do saber.
Os sofistas desenvolviam uma sabedoria utilitária, preocupada com a vida prática. Protágoras e Górgias foram dois dos principais sofistas. Platão e Aristóteles consideravam que o saber sofistico era aparente. A busca da verdade não se fazia de modo desinteressado, mas visava à obtenção de lucros.
Em contraposição, Sócrates não pretendia possuir sabedoria, mas mantinha à procura, demonstrando que a verdadeira sabedoria se lança para além da técnica do discurso, ensinada pelos sofistas. O homem não poderá jamais possuir a sabedoria, nem dominá-la plenamente. Há sempre alguma coisa a ser aprendida. A verdade tem necessidade de ser compartilhada. Ela precisa vir à luz, ser desvelada.

.Referências
Barreira Martins,Marcelo – Sead – UFES
A Polêmica entre Sócrates e os sofistas::UNIAFI

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